Ortodontia

Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência.

O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda. 

O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.

Como saber se preciso de um ortodontista?

Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico.

 Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você.

 Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:

Sobremordida, algumas vezes chamada de “dentes salientes” – acontece quando os dentes anteriores superiores se posicionam muito à frente da arcada inferior.

Mordida cruzada anterior – uma aparência de “bulldog”, quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.

Mordida cruzada – ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente.

Mordida aberta – espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.
Desvio de linha mediana – ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.

Diastema – falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.
Apinhamento – ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena.

 Como funciona um tratamento ortodôntico eficaz?

Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.

Aparelhos fixos podem ser:

Aparelho fixo — este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Podem apresentar cores vivas para as crianças, bem como estilos mais claros, preferidos por muitos adultos.

Aparelho fixo especial — utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua “presa”, estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso.

Mantenedor de espaço fixo — se o dente decíduou (comumente chamado de “dente de leite”) é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanete nasça. Uma banda é cimentada ao dente próximo ao espaço vazio e um fio é estendido até o dente do outro lado do espaço.

Aparelhos móveis incluem:

Niveladores — uma alternativa para os aparelhos convencionais para adultos, niveladores em série estão sendo utilizados por um número crescente de ortodontistas para mover os dentes da mesma forma que os aparelhos fixos, mas sem os fios de aço e os braquetes. Os niveladores são virtualmente invisíveis e removíveis para que o usuário possa se alimentar, escovar os dentes e passar o fio dental.

Mantenedores de espaço móveis — estes aparelhos têm a mesma função que os mantenedores fixos. São feitos com uma base acrílica que se encaixa sobre a mandíbula e têm braços de plástico ou arame entre determinados dentes que devem ser mantidos separados.

Aparelhos reposicionadores de mandíbula — também chamados de talas, estes aparelhos podem ser utilizados no maxilar superior ou mandíbula, e ajudam a “treinar” a mandíbula a fechar em uma posição mais favorável. São utilizados para disfunções da articulação temporomandibular (ATM).

Amortecedores de lábios e bochechas — são destinados a manter os lábios e bochechas afastadas dos dentes. Os músculos dos lábios e bochechas podem exercer pressão sobre os dentes e os amortecedores ajudam a aliviar esta pressão.

Expansor palatino — um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa por meio de parafusos força as juntas dos ossos do palato a se abrirem para os lados, alargando a área palatina.

Contentores móveis — utilizados no céu da boca, estes aparelhos de contenção previnem que os dentes voltem à posição anterior. Podem também ser modificados e utilizados para evitar que a criança chupe o dedo. Aparelho extrabucal — com este aparelho, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás.

Bruxismo

Bruxismo é o ato de “ranger” os dentes. Na literatura atual sabe-se que esse ato é uma forma involuntária que o paciente tem de descarregar o stress e que na maioria das vezes o paciente desconhece que pratica tal ato pois o mesmo ocorre dutante o sono e que também pode ocorrer menos prejudicialmente durante o dia. 

O briquismo (muitas vezes confundido com bruxismo) é o ato de “travar” ou de “apertar” os dentes. Como consequências temos o desgaste dos dentes (que em casos severos podem causar muita sensibilidade e até chegar a ser indicado o tratamento endodôntico ou tratamento de canal), lesões de abfração (perda de material dentário seja do esmalte, do cemento ou da dentina na região cervical próximo à gengiva ocasionado pela pressão desproporcional durante apertamento dentário) resultando em cavidades que precisam ser restauradas para eliminar a sensibilidade aos alimentos quentes, gelados e principalmente ácidos. Estão associados ao bruxismo e ao briquismo dores de cabeça que são recorrentes e ocorrem com frequência pela manhã podendo também ocorrer durante o dia. Dores na musculatura da face (associados à mastigação), estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e na maxila e em casos extremos podem ocorrer o travamento das ATM’S (articulações têmporo-mandibulares) bem como o trismo (limitação na abertura de boca).

O tratamento consiste em corrigir essa desproporcionalidade dos contatos dentários com Aparelho Ortodôntico, ajustes oclusais, bem como o relaxamento da musculatura da face seja com o uso de placas inter-oclusais, de relaxantes musculares e em casos mais graves a Desprogramação Neuro-Muscular que consiste de Placas com Jig’s (aumentos em resina) onde se busca a correção da mordida nessa placa.